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A transformação digital vai muito além da adoção de novas tecnologias.
Para a maioria das empresas, os projetos tecnológicos representam apenas uma pequena parte de sua transformação – que de digital tem só o nome.
O que muitas vezes não é levado em consideração é que se transformar também envolve reimaginar a forma que sua empresa lida com pessoas e processos, estes são os que precisam de mais investimento. Afinal, a tecnologia de ponta está cada vez mais acessível, mas ela por si só não é o suficiente.
No final, do que vale possuir soluções de ponta sem os talentos necessários para extrair o máximo do seu potencial? Por isso, não basta apenas olhar para sua infraestrutura, também é necessário ter em mente os seus recursos humanos.
Tecnologia, pessoas e processos compõem os três pilares de qualquer transformação digital, alcançando seu potencial máximo quando voltados para o cliente (ou o usuário final).
Com tudo isso em mente, uma pergunta deve estar vindo à sua mente: por onde começar? Nesse cenário, o foco no cliente é a chave para o sucesso – especialmente quando olhamos para empresas B2B
Para discutirmos o valor das pessoas e dos processos em uma estratégia de inovação bem-sucedida, convidamos Rodrigo Meurer, Product Management & Corporate Venturing na Votorantim, e Giuliano Cardozo, Gerente de Transformação Digital na Gerdau, ao décimo episódio do podcast Innovators Tribe.
Apesar de cada organização enfrentar desafios particulares, uma coisa é certa: poucos deles são desafios tecnológicos, mas muitos são desafios processuais.
Um dos principais deles diz respeito à falta de adesão dos colaboradores. Por falta de visibilidade da estratégia ou insegurança, eles podem deixar as novas medidas estratégicas para depois. Até mesmo resistindo a elas, o que adiciona complexidade ao processo de transformação.
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A falta de clareza por parte da liderança pode ser um outro grande desafio, traçando uma estratégia de inovação sem entender o que ela deveria resolver.
Por isso, algumas perguntas devem ser respondidas antes da adoção de novas medidas: Por que estamos aqui? Qual é a jornada do usuário final? Quais são os nossos reais concorrentes? Qual é o real propósito do que estamos fazendo?
Por fim, o sucesso dessa nova estratégia de inovação depende de uma grande mudança cultural: a tolerância ao erro. Sem ela, continuaremos entendendo o erro como um custo, ao invés de uma oportunidade de melhoria dos processos, produtos ou de trabalho. Esse inclusive foi um ponto abordado no terceiro episódio do Innovator Tribe.
Para Rodrigo Meurer e Giuliano Cardozo, é melhor errar em direção a um objetivo específico do que jamais tentarmos evoluir. E isso tem tudo a ver com os desafios atuais enfrentados por empresas B2B.
O que acontece quando paramos de negociar com empresas, e sim com pessoas?
Este é o grande desafio do mercado B2B dos últimos anos, trazendo um novo olhar para a forma como todas essas empresas fazem negócios, desenvolvem seus processos e treinam seus colaboradores. Afinal, tudo se tornou sobre o cliente.
Mas de onde surgiu esse novo cenário?
No passado, esse mercado era mais previsível e programado, segundo Rodrigo Meurer e Giuliano Cardozo. Porém, diante do aumento da busca pela transformação digital, boas propostas de vendas não eram mais o elemento decisivo para o fechamento de negócios.
A nova realidade do mercado é que tudo havia se tornado sobre a experiência do cliente final, que de fato teria seu cotidiano impactado pela ferramenta.
Foi aí que as empresas B2B encontraram a resposta em um novo olhar para processos e pessoas.
Diante do cenário da transformação digital, a chave para o sucesso da inovação estava nas pessoas, que de fato fazem o processo acontecer. Uma equipe motivada leva à uma liderança engajada, e assim as mudanças acontecem.
Por isso, a clareza do que o usuário final precisa ter em seu cotidiano e sua percepção sobre o valor do produto são fundamentais para o sucesso da inovação em empresas B2B. Só assim os gestores podem ajudar e informar os colaboradores, garantindo que se sintam seguros e confortáveis com os novos processos.
O segredo aqui é tangibilizar o valor da inovação.
Por isso, a comunicação dos benefícios da transformação digital, a coleta de dados quantitativos e qualitativos sobre as novas medidas e relações de custo-benefício podem auxiliar no sucesso dessa nova estratégia. E tudo isso se resume a um único conceito: o Retorno Potencial de Inovação (RPI).
Também, é importante ressaltar que a transformação digital não é um processo. É uma jornada sem fim.
E nada pode ser alcançado sem que as diversas áreas façam parte dessa jornada.
A realidade de cada empresa é diferente, mas uma coisa é certa: o sucesso da inovação das empresas B2B dependem do envolvimento dos colaboradores envolvidos e da clareza das novas medidas.
Quer ajuda para impulsionar projetos de inovação na sua empresa? Converse com o nosso time clicando aqui.
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