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A ideia de falar sobre esse assunto veio do fato de termos começado a antiga Bossa iNova com apenas R$3.000,00 que juntei do meu primeiro – e único – estágio que fiz. Em pouco menos de 2 meses já tínhamos conseguido 6 clientes e faturamento de seis figuras. Usamos esse dinheiro para pivotar de Bossa iNova para BossaBox, em busca de um modelo de negócios mais escalável.  É por isso que eu falo que não é preciso muito dinheiro para começar a empreender.

Os “ativos” que um empreendedor ou empreendedora precisa, no começo da carreira, não são ligados ao dinheiro. Há ferramentas que são muito mais importantes – e poderosas – do que o dinheiro. E para ajudar a entender melhor essas características, vou me apropriar da teoria criada pelo fundador da WiseUp, Flávio Augusto.

Ele divide a teoria básica do empreendedorismo em três pilares: visão, coragem e competência. Trata-se de um tripé, ou seja, não é possível sustentar um sem ter os outros dois e vice-versa.


Visão

É aquela ideia que você teve, aquela luz que acendeu, o insight que veio em função de uma série de pontos que você conectou. É aquele momento “Ah-Ha” em que você descobre que existe uma necessidade latente no mercado e que ninguém a satisfaz no momento. É aquele segredo que você não conta nem pra sua mãe com medo de alguém roubar de você.

Segundo Peter Thiel, “ter visão vale mais do que qualquer poder”. Uma visão clara e bem estabelecida é o primeiro passo, e é de graça.

Coragem

De nada adianta a visão sem a coragem para colocá-la em prática. Sabe a frase “puts, eu já pensei nisso uma vez”? Então, as pessoas que falam isso podem até ter visão, mas não têm coragem. E aí, de nada adianta ter a visão.

Entende como o tripé é importante?

Quem tem coragem, vai atrás, dá um jeito, de dia, de tarde, de noite. Vai atrás de investidor, de recurso, vai ouvir 1 milhão de ‘nãos’ e vai continuar indo atrás. Estuda a todo momento. Lê eBook, escuta podcast, lê artigo no Medium, baixa curso no Udemy, faz de tudo pra respirar empreendedorismo. Se você não tem dinheiro pra contratar alguém que faça, vai lá e faz você.

Quando alguém fica contagiado com a visão, tem que colocar em prática. Isso exige que você corra riscos. Mas você precisa tomar uma decisão que a maioria das pessoas não tomaria, isso sim exige a coragem. Exige que você seja um ponto fora da curva. E é por falta de coragem que muita gente boa fica para trás e gente não tão boa assim chega lá.

Competência

Se você não tiver a competência, sua visão e sua coragem farão com que você não execute o plano corretamente, vão fazer com que você nade, nade e morra na praia. E a competência não perpassa por fazer a melhor escola, melhor faculdade ou a melhor especialização do mundo. “Você é dono da sua educação”, como Flávio mesmo coloca em vários momentos. Instituições de ensino são uma ferramenta, são (ou deveriam ser) complementares e dar a você os subsídios primários. Mas ir além depende de você. “Se você quer chegar onde a maioria não chega, faça o que a maioria não faz”, como diz o homem mais rico do mundo.

A notícia ruim é que não existe fórmula para isso. A notícia boa é que ser competente depende de você.

 

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