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Escrito por Larissa Chinaglia, Inbound Marketing da Mastertech
O termo User Experience está em alta. Muitas empresas que trabalham com a área digital comentam, opinam e escrevem sobre UX. Dessa forma, muito é falado sobre o assunto.
É difícil achar por aí o que realmente é UX e o que é só balela. Não que eu seja verdade em User Experience, mas separei alguns pontos bem importantes para você saber o que é e o que não é experiência do usuário.
Então vamos começar!
Você já tentou abrir uma porta empurrando e descobriu que tinha que puxar? Melhor perguntar quantas vezes você acertou qual lado que abria, certo? Essas portas têm até um nome específico: Norman Doors.
Elas ganharam esse nome por causa de um senhor bem especial: Donald A. Norman. Ele morava nos Estados Unidos, e em uma viagem para a Inglaterra ele ficou bem irritado com as portas de lá. O jeito de abrir e fechar era bem diferente das portas dos EUA, assim como o ligar e desligar das luzes e o abrir e fechar da torneira. Logo ele percebeu que o design não estava ajudando ele.
Voltando para os EUA, ele escreveu um livro sobre esse design para coisas do dia-a-dia. E hoje, podemos dizer que esse livro é a bíblia do UX. O termo User Experience surgiu depois do livro e foi o próprio Norman quem o criou.
Para entender mais sobre o que é UX, você pode conferir algumas lives gratuitas sobre o assunto, ler alguns artigos e blogs, e ainda sugiro a leitura do livro do queridinho Don Norman: O design do dia-a-dia (Donald A. Norman)
Resumindo, o que é User Experience? É a área responsável por projetar experiências de uso encantadoras para fidelizar e conquistar clientes.
Para começo de história, é preciso se colocar no lugar de seus usuários e responder às seguintes perguntas com ele em mente:
O que ele usaria? Um app, site, blog? Você utiliza um aplicativo de música enquanto está no metrô? Tem um app para fazer aulas de yoga? Entra em um site para comprar um livro da faculdade? Acessa site de notícias ou de fofocas? Utiliza redes sociais?
De que forma ele usaria? Em que contexto e situação ele usaria seu produto? Como você está acessando esse site ou aplicativo? Computador, tablet, smartphone ios? Android?
Onde ele usaria? Em que lugar seu produto seria usado? Na sua casa? No trabalho? Metrô? Tem wi-fi? Você tem bateria no celular?
Quando ele usaria? Indo para o trabalho? Voltando? Na volta daquela festa no bairro que você não conhece?
Quem usaria? Qual é o público que mais usaria seu produto? Você está usando? Sua avó? Seu amigo?
Por que ele usaria? Quão a razão para seu produto existir? Como ele gera valor? Como ele resolve um problema latente do mercado? Você está usando esse aplicativo porque está entediado? Por que está com fome?
Para responder essas perguntas e alcançar os objetivos precisamos pensar em três pilares:
Utilidade (o quão útil é o seu serviço para o cliente);
Facilidade de uso (o quão fácil e rápido é usar o seu serviço);
Prazer (o quão prazeroso é usar o seu serviço)
“No campo do UX, nós estamos sempre conhecendo e estudando vários métodos, linhas de pensamento e ferramentas, e novas nomenclaturas aparecem todos os dias. No entanto, na minha visão, há passos básicos e essenciais que estão presentes em todos métodos, como pesquisa contextual e com usuário, geração de ideias, estrutura da informação, prototipagem e teste. Mesmo todo projeto sendo um desafio novo, seja tangível ou digital, o UX é sobre as pessoas.” – Raquel Pisetta – UX Designer
Agora que você já está familiarizado com o que é User Experience, vamos entender o que não é. Existem alguns pontos fundamentais para você compreender de uma vez por todas o UX.
Embora a expressão seja parecida e muita gente se confunda, UX e UI (User Interface Design) são coisas bem diferentes.
Para melhorar o relacionamento entre as marcas e os consumidores, as empresas começaram a investir mais na criação de sites, aplicativos e softwares. Mas não bastava ter um site qualquer, era importante entender os pontos que fazem parte de uma interação positiva entre empresa, consumidor e meio digital.
Com isso, surgiu o UI ou interface do usuário. O UI é tudo aquilo que é perceptível visualmente em alguma plataforma e leva o usuário a uma interação positiva: botões, menu diferente, sons, etc. O User Interface é responsável pela parte visual de um projeto e por tudo onde o usuário interage dentro do aplicativo, site, programa de computador, etc.
Não, UX não é apenas sobre tecnologia. UX é sobre pessoas. Para ser um User Experience Designer é preciso conhecer as pessoas: como elas vivem, como se comportam, como elas interagem com o mundo. Uma boa interação entre pessoas e produtos surge de um bom estudo sobre o seu usuário.
Quando falamos de UX, por mais que possa parecer estranho de primeira, temos que considerar uma fusão de áreas: psicologia, engenharia, design, tecnologia, conceitos de ergonomia e design centrado no usuário.
Arquiteto de informação, user experience architect, designer de interação, engenheiro de usabilidade, e não para por aí. A área de UX possui muitas especializações diferentes para cada parte do processo. Para se dar bem nessa área, é preciso gostar de reuniões, conversas e debates, e nisso já vimos que UX não é apenas para uma pessoa, e sim para um time. Todo o esforço deve ser feito por uma equipe multidisciplinar.
E como deve ser esse time? Um bom projeto deve englobar pessoas de diferentes áreas e com visões diferentes para que as sessões colaborativas, reuniões e bate-papos possam gerar resultados melhores e maior facilidade.
A rotina de um profissional de UX designer envolve muito mais planilha, dados e pesquisas do que softwares gráficos. Falar em design combina muito mais com a área de UI que comentamos lá em cima. UI está dentro da Experiência do Usuário, mas não é tudo.
Esse profissional está envolvido no projeto desde o início até depois do seu lançamento, através de análises, acompanhamentos e monitoramentos. Essas tarefas permitem que o UX continue melhorando o produto mesmo depois de já lançado.
Compreender wireframe, sitemaps e protótipos faz parte das funções de um UX Designer. Decisões sobre o Design fazem parte do processo, porém existe um trabalho árduo antes de chegarmos a criação das telas.
Além de analisar elementos de interação (duplo-clique, duplo toque, slide para abertura de tela), é preciso refletir em torno das necessidades do usuário.
Se UX não é só design, acho que conseguimos dizer que não é só para designers, certo? UX é interdisciplinar e com isso ele pode alcançar diversas áreas. E já que a tecnologia domina grande parte de nossas ações diárias, criar plataformas adequadas para gerar boas experiências passa a ser a obrigação de diversos profissionais.
Sou um desenvolvedor front-end, posso?
Sim! Quando desenvolvedores não estão no time de User Experience, eles estão lado a lado. Essa relação tão próxima gera um entendimento mútuo e uma linguagem comum.
Mas eu estou no marketing, e agora?
Venha para o UX! Já conversamos sobre isso, o trabalho do UX não é entender o usuário? Então você já está pronto para conhecer esse universo. Marketing e UX estão ligados pelo usuário como centro de seus trabalhos. Ferramentas e insights podem ser compartilhados entre os dois profissionais: pesquisa, análise, taxas de conversão, testes A/B, todos esses conceitos fazem parte dos dois mundos.
Serviço do consumidor? Estratégia? Gestão de produtos? Sim, você pode!
Agora você já sabe o que é UX e o que não é, e inclusive já sabe que você pode se tornar um profissional dessa área. O que você acha? Se interessou? Um bom profissional de user experience está sempre se atualizando e buscando cursos novos, e se você quiser se aventurar nesse novo universo, é bom buscar cursos que te ajudem neste caminho. A Mastertech, escola de habilidades do século 21, está com inscrições abertas para o Curso Imersivo de UX Design.
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