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Alta performance é um tema debatido desde sempre. Dentro das empresas então, é quase sempre o objetivo de todo gestor que seus times tenham alta performance e dos próprios colaboradores também. Seja para liderança ou para o colaborador individual, atingir um alto nível no trabalho é sinônimo de crescimento. E vou te dizer, não tem nada melhor que trabalhar em um time assim, apesar de ser mais raro do que eu gostaria.
Mas afinal, o que são times de alta performance?
No geral, a definição que eu uso é a seguinte:
“Times que fazem a coisa certa do jeito certo.”
A definição que eu uso vem dos princípios e valores da agilidade e da filosofia japonesa kaizen (Kai = Mudar e Zen = Melhor, mudar para melhor), uma combinação poderosíssima. De um lado, agilidade que prega adaptabilidade como variável principal e do outro, o kanban que inclui melhoria contínua como fundamento.
Se adaptar no momento em que for necessário e aprender com isso de forma contínua é de fato algo que faria qualquer empresa sair do lugar e se tornar competitiva. Hoje, as empresas no geral ficam presas em sistemas que não permitem uma tomada de decisão e mudança de direção rápidas.
Então, quando digo que times de alta performance são times que fazem a coisa certa do jeito certo, o que eu estou querendo dizer em relação a “fazer a coisa certa” é de fato entender e seguir as direções estratégicas da empresa, dessa maneira, aumentando e muito as chances de trazer bons resultados. Ou seja, o time é eficaz. Além disso, respondem às mudanças rapidamente quando for necessário, sem grandes sofrimentos.
E ao falar “fazer do jeito certo” estou olhando da ótica de eficiência, em que o time analisa seu modo de trabalho e fluxo de desenvolvimento e entende suas fortalezas e suas fraquezas. Ao fazer isso, garante qualidade na entrega, porque aprende com seus erros e com os acertos, buscando melhoria contínua através da visualização do trabalho e do conhecimento coletivo adquirido a partir da somatória do conhecimento e evolução individual de cada um.
Capacidade de se adaptar e melhorar continuamente são as duas habilidades que considero mais importantes em um time e que considero que de fato irá trazer, no tempo, a alta performance.
Mas só mais um ponto: não é tão simples assim.
Dificilmente, um time será de alta performance se ele não entende se o modo de trabalho, os processos e os métodos que está utilizando estão eficientes. E não há outra maneira de ter certeza disso, sem mensurar e visualizar o que está acontecendo no dia a dia do time.
Aqui é algo super importante e controverso às vezes: não deveria ser a vontade do gestor de entender o que está acontecendo, se de fato o fluxo de desenvolvimento está eficiente ou não, mas sim das próprias pessoas do time. Claro, se as pessoas estiverem com o mindset certo de crescimento e evolução.
Sem medir, simplesmente entramos na esfera do achismo. Não conseguimos entender qualidade e mesmo que consigamos ver os resultados vindo, nunca saberemos se poderíamos ter nos superado e alcançado ainda mais. Sem medir, dificilmente vamos ter melhoria contínua e, por consequência, alta performance porque não vamos conseguir enxergar o que está errado no nosso dia a dia.
Em meus tempos de agilista, as métricas que eu mais incentivava os times a medirem eram throughout e lead time. Throughout me dava a visão de itens entregues por semana e com o lead time eu conseguia saber quanto tempo uma entrega demorava para acontecer. Essas duas métricas davam uma boa visão de saúde dos processos e métodos de trabalho e poderiam mostrar possíveis problemas que o time precisava então investigar.
Eu já estava bastante feliz em conseguir medir o básico dos times, já me ajudava bastante, mas nada se compara ao que a BossaBox faz com seus times, utilizando Dora Metrics. É algo que vejo como raridade no mercado brasileiro de software e gestão de produto. Basicamente, um time que se mede utilizando as Dora Metrics é capaz de entender o que eu media utilizando throughput e lead time, mas também consegue rapidamente identificar gaps de qualidade tanto no deploy quanto no pós deploy.
Não sei se vocês conseguem visualizar o poder que isso tem, mas como eu disse, não existe alta performance sem equilíbrio entre eficiência e eficácia e o que a BossaBox faz é trazer o melhor dos dois mundos para dentro dos seus squads.
Num mercado tão acelerado e predatório que a gente vive, conseguir equilibrar eficácia para estar na direção certa sempre e quando não, corrigir o curso rápido com eficiência para não perder o timing do mercado e das oportunidades, com certeza é um baita diferencial que toda empresa deveria buscar para ser competitiva e sair ganhando sobre a concorrência.
Seja como gestor de uma empresa ou como colaborador individual, buscar a alta performance não é, fundamentalmente, tarefa individual. O atleta de elite sempre vai ter uma equipe o ajudando a chegar lá e um técnico que o direcionará, dará apoio necessário e corrigirá o curso, se assim for preciso.
O mais importante aqui é começar definindo o que é alta performance. Tanto pela visão da empresa em sua figura, pelo gestor, quanto do colaborador individual que está buscando crescimento na carreira. É muito poderoso ter os acordos certos e a clareza do topo da montanha. Sem isso, é difícil subir de nível.
Do lado do gestor, é importante abrir caminho e fornecer todos os recursos necessários para que o time consiga caminhar sem grandes empecilhos. Esse ponto aqui é o mais desafiador na minha visão: continuidade. O time precisa de um tempo junto para conseguir entrar em harmonia. Tempo junto é um grande desafio que os gestores passam atualmente com seus times e que, eu também vejo como grande vantagem da BossaBox.
Conseguir ter um squad montado e alocado em até 10 dias, é uma vantagem na busca por alta performance, porque o time já vai estar todo lá. Além é claro, que já é um time gerenciado pelos gestores da BossaBox e que já entendem o valor de se medir o trabalho e da melhoria contínua.
Do lado do colaborador em sua figura individual, ter o mindset certo e passar por experiências diversas, buscando crescimento e evolução é o que vai fazer toda a diferença. Nenhum time que não tem pessoas que querem alta performance, será de alta performance. E é preciso tempo e ter realmente passado por desafios, que vão fazer a pessoa ficar cada vez mais resiliente e trilhar caminhos que outras pessoas não conseguem.
Aqui a BossaBox também ajuda o mercado a se tornar mais maduro, porque permite que prolancers assumam outros desafios part-time, acelerando o desenvolvimento e evolução de profissionais que muitas vezes demorariam anos nas empresas.
Sim, alta performance é algo difícil, mas está muito longe de ser impossível. Se descomplicarmos as coisas, o que mais é preciso é vontade e disciplina para galgar um caminho que pode, muitas vezes, estar cheio de pedras. Tirar as pedras do nosso caminho é continuar andando é o segredo.
Se você é gestor, deixe claro, inclusive nas suas contratações que você tem essa ambição. Eu falo isso em todas as entrevistas e por vezes, algumas pessoas desistem ali mesmo. Alta performance não é impossível, mas não é para todo mundo, muito por ter pessoas que não querem mesmo, e tudo bem. Crie um plano sólido sobre o que é alta performance para você e compartilhe com as pessoas para entender o que elas acham e se compram com você. Seja metódico em relação ao plano e a execução do dia a dia. Seja ágil e se adapte rapidamente quando for necessário.
Se você é um colaborador individual, tenha clareza se você quer alta performance, mas já deixo claro aqui, que os melhores profissionais que tive o prazer de trabalhar, buscavam isso todos os dias. É muito sobre disciplina e nada sobre trabalhar 20 horas por dia. É sobre ser eficiente e eficaz. Ter uma pluralidade de experiências com certeza pode te ajudar.
Por todos os lados, mesmo com todas as dificuldades, é um caminho que vale a pena para todos que resolvem gastar a energia e tempo entrando nele. O futuro de alta performance está logo ali. Você vai construí-lo?
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