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Quando comecei a empreender, uma coisa ficou clara para mim logo nos primeiros meses: engajar meu consumidor não é tão fácil quanto eu imaginava.
Isso foi um choque.
Eu estava convencido de que alguns posts e investimento eram suficientes para atrair meu público-alvo a comprar da minha empresa.
Porém, depois de muitos posts e muito dinheiro, pouca coisa mudava. E, para um empreendedor, não tem nada mais desesperador do que ver as coisas dando errado.
Infelizmente, esse problema é bastante recorrente. Micro e pequenas empresas não possuem presença digital ou simplesmente não sabem como se comunicar por meio da internet de uma forma que gere valor para seu cliente e rentabilidade para o negócio.
Mas, assim como tudo, uma hora ou outra você aprende. E eu aprendi, pelo menos algumas coisas.
A grande oportunidade que o marketing digital apresenta não é o alcance de pessoas (que é bem grande), mas sim a assertividade da segmentação de públicos-alvo.
O que eu quero te dizer com isso? Ferramentas como FacebookAds e Google AdWords proporcionam inúmeros atributos de targeting (localização, idade, sexo, interesses, se visitou seu website, se curtiu sua página, browser, aparelho e por aí vai), que te permitem atingir a pessoa certa, no momento certo.
Portanto, aproveite-se disso da maneira mais inteligente possível. Ou seja, entenda qual público mais se interessaria pelo que você está oferecendo. Quais características definem essa “persona” e como você aplica isso tudo na hora em que for anunciar sua empresa em redes sociais, por exemplo.
Pare de tentar alcançar milhões, e comece a entender como engajar a pessoa que gostaria de compra de você.
É muito importante que você conheça com precisão seu consumidor. Afinal, como você vai gerar valor para ele, se nem ao menos sabe quem ele é?
Quando descobrir o público que mais se interessa pelo que você está oferecendo, fale só com ele e ninguém mais, pelo menos por um tempo.
É muito importante que, antes de começar a expandir para outros mercados, você entenda com profundidade de que forma seu produto ou empresa soluciona e melhora a vida das pessoas.
Ninguém gosta de uma pessoa que só fala de si mesma. Isso se aplica a empresas também.
Se você só mostra suas qualidades e benefícios, as pessoas vão se enjoar de você. Afinal, que valor isso gera para elas?
Não me entenda mal, você deve sim falar dos atributos e features que fazem da sua solução a melhor de todas. Mas existe um diferença entre gritar e demonstrar.
Seu consumidor está mais cético do que nunca. Eles não estão interessados em saber de algo que eles já ouviram um milhão de vezes, mas nunca viram qualquer resultado.
Eles querem ver como funciona, o que tem de novidade, porque existe e como soluciona um problema.
Você pode fazer artigos de cases de sucesso, vídeos de demonstração do seu produto ou serviço, depoimentos de clientes antigos, artigos incríveis que demonstram que você é expert naquilo que faz, etc.
Seja criativo. O importante é gerar valor para o seu consumidor a partir da sua solução e da forma como você comunica ela.
Já ouvi de muitos que qualidade é bem mais importante que quantidade.
Eu concordo, seu conteúdo precisa de ser ter qualidade para ter mais potencial de gerar resultados rentáveis. Não importa se você produz 1000 artigos por semana, se eles forem ruins, ninguém lê, ninguém compartilha, ninguém compra.
Mas a história não para por aí.
Quando o assunto é conteúdo, para achar qualidade, você precisa de quantidade.
Assim como tudo na vida, marketing envolve talento, inteligência e sorte. Mas também muita prática.
Portanto, treine bastante. Entenda o que é qualidade para o seu consumidor e qual tipo de conteúdo tem mais potencial de se transformar em dinheiro no caixa.
No final das contas, sempre o que vai definir se um conteúdo tem qualidade ou não é o resultado que ele gerou. Afinal, esse é o único motivo pelo qual ele existe: vender mais através da geração de valor.
Porém, existem uma série de atributos que aumentam a probabilidade do seu conteúdo gerar mais resultados:
Achável: seu consumidor provavelmente não vai ficar sentado 24 horas por dia esperando você postar alguma coisa. Logo, faça com que seu conteúdo seja bem distribuído em diversos canais.
Uma dica: use uma ferramenta como o Buffer ou Hootsuite para gerenciar e postar em diversos canais diferentes ao mesmo tempo.
Compartilhável: seu consumidor deve sentir que aquilo gerou valor para ele, provavelmente teria valor para as pessoas em seu círculo social.
Uma dica: leia “Contágio: Por que as coisas pegam”, de Jonah Berger, um livro sensacional que explica um pouco dos atributos de um produto ou conteúdo viral.
Acionável: seu consumidor deve ver seu conteúdo e alguma coisa em sua vida mudar. Ações devem repercutir daquilo que você comunica.
Um exemplo: se eu escrevo um artigo com o título “22 fontes gratuitas para aprender marketing digital”, e alguém lê e de fato encontra uma ferramenta que o ajuda a aprender marketing digital, meu artigo pode ser classificado como acionável.
Legível: seu consumidor não vai ficar decifrando o que você escreve.
Uma dica: escreva como você fala.
Usável: design é um grande definidor de como vai ser a experiência do seu usuário ao consumir um conteúdo que você produziu. Tamanho de fonte, cor do background, imagem de capa, tudo isso importa.
Uma dica: tenha certeza de que seu conteúdo é extremamente responsivo (adaptado às telas de celulares).
Tenha resiliência. Tudo tem jeito. Se não deu certo, tente de novo. Se continua não dando certo, procure novas alternativas. Uma hora ou outra você aprende.
Eu continuo aprendendo.
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