7 minutos de leitura
O futuro está aí, cercado de Inteligência Artificial substituindo total ou parcialmente nossos empregos. Todos os dias nos deparamos com uma novidade tecnológica. Desde uma geladeira que avisa quando está faltando produtos, robôs que montam encomendas e que até fazem cirurgia de quadril. Centenas de pesquisas já foram feitas calculando a porcentagem de empregos de hoje que seriam substituídos por robôs (algumas chegam em 36% da força americana) e, embora os números sejam diversos, uma coisa é certa: não tem como negar esta tendência. É preciso se preparar e desenvolver habilidades humanas para este novo cenário.
Segundo KaiFu-Lee, ex-presidente do Google da China, não apenas nas fábricas, mas caminhoneiros, motoristas (até mesmo empregos como televendas e hematologistas) serão gradualmente substituídos por inteligência artificial nos próximos 15 anos.
Kai-Fu Lee, em seu TED explicando como IA pode salvar a humanidade
Quanto mais um trabalho utilizar cálculo, for repetitivo e quanto mais ele puder ser otimizável, mais provável de ser substituído por inteligência artificial. E nem adianta entrar nessa briga… “Não é fácil para os humanos concorrer com os robôs: eles trabalham 24×7, não ficam doentes, não cometem erros, não tomam porre”, comenta Peter Diamandis, autor do best seller Abundância.
Peter Diamandis, fundador do Prêmio X Prize e autor do livro Abundância
No entanto, segundo Peter, convém lembrar que esta não é a primeira vez que a automação mudou a paisagem dos empregos. Em 1862, 90% da força de trabalho norte americana era formada por agricultores. Na década de 1930, esse número cai para 21%. E o que aconteceu com os empregos agrícolas que foram substituídos pela automação? Nada, eles só deram lugar a outros, mais qualificados.
Trata-se de uma questão de transformação e evolução do pensamento: parar de brigar com a tecnologia e pensarmos em como evoluirmos com ela. E isso não é um movimento novo: o ato de usar óculos, comenta Peter, é uma maneira de usar tecnologia para melhorar sua visão. E, indo mais longe, o ato de escrever foi uma tecnologia inventada para substituir a memória. No futuro, novas tecnologias (partes do corpo artificiais, implantes cosméticos e centenas de invenções que não temos nem ideia) podem acelerar ainda mais esta tendência.
Aprenderemos cada vez mais com o melhor da tecnologia e nos aprimorarmos física e cognitivamente. Todas as pessoas serão aperfeiçoadas, trabalharemos com mundos virtuais e físicos e aprenderemos a conviver e trabalhar em sociedade de maneiras inimagináveis hoje. E para isso acontecer, temos que desenvolver nossas habilidades humanas também!
Estas são as habilidades humanas (ou soft skills), que são pouco ensinadas na escola ou na faculdade, fundamentais para nossa vida e para o inevitável encontro com os robôs no trabalho.
Criatividade, embora muita gente pensa, não é uma pessoa genial, tendo uma ideia genial. Todos nós somos criativos. É a capacidade humana de enxergar além do que está vendo; ver possibilidades. Usar as referências que você já tem, e com alguns estímulos, chegar a novos caminhos, novas soluções. E vamos precisar cada vez mais desta skill para sobreviver a um mundo que muda tão rápido.
Esteja aberto a novas experiências
Nosso cérebro pode criar novos caminhos, novas conexões a todo o momento. E ele usa tudo o que aprendemos para criar essas conexões. Por isso, quanto mais coisas diferentes você fizer, mais referências você terá e poderá usá-las para resolver seus problemas. Experimente fazer uma coisa nova todo dia e refletir por 1 minuto o que você aprendeu com ela.
Desligue o celular e vá caminhar
É isso mesmo! Aristóteles, Beethoven, Einstein e Steve Jobs eram grandes adeptos à caminhadas para refletir sobre problemas, fazer reuniões ou criar coisas diferentes. E isso tem uma razão científica: caminhar libera uma proteína chamada BDNF que nutre e energiza seus neurônios enquanto libera endorfina, que produz uma sensação de calma e bem estar. Aproveite!
Kai-Fu Lee aborda a compaixão, amor ou empatia como algo tão poderoso quanto a criatividade. Em um futuro de pessoas mais velhas e saudáveis, vamos precisar de cuidadores, professores e acompanhantes. E estas profissões exigirão cada vez mais a habilidade de olhar, entender e sentir felicidade em ajudar o outro.
Esteja atento
Cuide das pessoas ao seu redor. Esteja atento(a) ao que elas precisam e quando precisam. São esses laços de conexão humana e empatia que fazem a diferença.
Avalie o impacto
O que você faz pode atingir outras pessoas, outras áreas, outras casas e cidades. Pense nisso em tudo o que você fizer a partir de agora.
Já parou para pensar na quantidade de coisas para fazer e tão pouco tempo para tal? O futuro pode vir, mas os dias continuarão tendo 24 horas, como hoje. E conseguir fazer mais em menos tempo é o segredo de uma relação feliz com o trabalho!
Aprenda a dizer não
É difícil, mas necessário. Tenha sempre em mente quais são os seus grandes objetivos e suas prioridades. Foque nesses e diga não para o que está fora desta lista.
Ganhe sua manhã
Comece seu dia com o que você precisa fazer. Exercício, meditação ou aquela tarefa que vai te exigir mais. Completando estas tarefas antes, você ganha confiança e o resto do dia para focar nas outras atividades.
Respeite
Existem várias teorias de produtividade, mas só você conhece como você produz mais e melhor. Descubra sua maneira e se respeite.
“Isso eu já estudei”, “isso aí não vai dar certo”, “já sei que vai dar errado”, “eu sei de tudo” são pensamentos que muitas vezes passam por nossas cabeças e nos fazem bloqueiam o pensamento criativo e nos impedem de crescer. O mindset de aprendiz, com um olhar curioso, experimentativo, ajuda na ampliação das referências internas e nos ajuda a explorar novas oportunidades e chegar em novos caminhos.
Troque “Não consegui” por “Ainda não”
Esta simples troca de palavras te ajuda a mudar sua atitude em relação aos erros que possam acontecer pelo caminho.
Valide seu esforço
É o processo e a atitude de crescer que importa. No esforço e na dificuldade que os neurônios podem fazer mais conexões e conexões mais fortes.
O empreendedorismo revolucionou também a forma como enxergamos a liderança. Mais do a cobrar prazos e metas, o líder empreendedor deve ser responsável pelo foco, execução e pela felicidade das pessoas.
Transforme positivamente a rotina das pessoas
Responsável e de atitude positiva e focada, o líder empreendedor tem o poder de revolucionar e transformar pessoas e times.
Não, não é só talento que importa para crescer. Angela Duckworth, psicóloga americana descobriu através de vários estudos científicos, que a combinação de paixão e perseverança é a marca registrada de grandes empreendedores e realizadores. Esta atitude, verdadeiramente humana, diferencia os que não se deixam paralisar por restrições e conquistam seus objetivos.
Defina objetivos de longo prazo
Segundo Angela, o primeiro passo para ter garra é conhecer seus objetivos. São ele que vão guiar você pela sua vida. O que guia suas paixões, o que está em você. E imagine que está correndo uma maratona para chegar lá. Tudo o que acontecer, todos os percalços, são só obstáculos entre você e os seus objetivos.
Parafraseando Kai Fu Lee, “a Inteligência Artificial vai trabalhar com humanos como ferramentas analíticas que vão liberar espaço para que possamos usar nosso cérebro para nos diferenciar com os trabalhos de capacidade única, compassivos e criativos, usando e alavancando nosso cérebro e coração insubstituíveis”.
Em meio ao avanço da tecnologia, quem diria que os tempos poderiam ser tão… humanos!
E como você está se preparando o seu futuro? Clique aqui e saiba mais sobre habilidades humanas e o futuro que você tem que começar a construir hoje!
Este texto foi escrito pela Vaivoa, nova Startup de educação que quer te preparar para os seus 120 anos. Conheça mais no nosso site, clicando aqui.
Desenvolvimento e Tecnologia
5 minutos de leitura
Ler artigoCultura de Produto
6 minutos de leitura
Ler artigo