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Estamos testemunhando um mundo novo, sendo transformado rapidamente pela internet e tecnologia de comunicações, as mudanças estão sendo cada vez mais frequentes. A inovação já é a realidade!
A natureza dos desafios que temos que enfrentar hoje são diferentes do tipo de desafio que enfrentávamos na 2ª metade do século 20. Todo esse modelo de gestão, estrutura organizacional, cultura, toda essa maneira de pensar que nos trouxe até aqui deixa de ser eficiente para resolver os problemas desse “mundo novo”. Constantemente ele está sendo transformado pela tecnologia e gerando problemas de uma natureza nova, que vai demandar de todas as pessoas uma nova maneira de enfrentar esses problemas.
A habilidade adaptativa está muito conecta com a habilidade da empresa conseguir entender o contexto que está inserida e inovar. Não há duvidas que, no contexto em que estamos vivendo hoje, as organizações de quaisquer tamanhos precisam de inovação e cada vezes mais rápido. Mudança que acaba encurtando ciclos de inovação para ser possível responder às transformações e entender que esse processo é um “beta eterno” de desenvolvimento, é um espiral “contínua”.
Existem diferentes formas de inovar dependendo do seu contexto de negócio, podemos ilustrar na matriz abaixo:
Por isso, um ponto chave para iniciar qualquer processo de inovação é ter um profundo conhecimento do seu contexto e mercado, para aí sim tomar a decisão por qual caminho seguir. No entanto, é preciso escolher múltiplos caminhos, já que ele não deve ser uma rota isolada.
Porém podemos considerar algumas mentalidades que nos ajuda a passar por esse processo de inovação:
“A inovação é um processo de construção de conhecimento.” Binky
Para iniciar essa discussão, trago primeiro a definição de “Burocracia”, pois o termo é, quase imediatamente, associado à ideia de ineficiência ou demora. Ele nos remete, em geral, a algo incômodo.
Entretanto, o sentido original da palavra, é uma forma particular de se organizar as atividades: as regras são claras e devem ser cumpridas de forma objetiva.
Nesse sentido, o que chamamos usualmente de burocracia é, na verdade, um conjunto de “disfunções burocráticas”, que segundo Merton são:
E, observando essas disfunções, podemos entender melhor o porquê a pesquisa da HBR diz que que a burocracia mina/prejudica o empoderamento.
A gente sabe que o empoderamento é uma condição básica para organizações mais Ágeis. E que agilidade é uma condição fundamental para qualquer transformação. 89% das pessoas dentro de grandes empresas dizem que não podem setar suas prioridades, decidir seus métodos de trabalho, escolher seus líderes. E 90% não pode gastar se quer 1.000 dólares sem aprovação prévia.
Ao mesmo tempo, 81% dos líderes das grandes empresas consideram Agilidade, no conceito e conjunto de princípios aqui, flexibilidade, autonomia e etc. Condição básica.
Então, a burocracia em si não é o grande problema, porém quando não é dosada com cuidado ela traz esse excesso de formalismos que “sentimos” e que precisamos cumprir todo o “checklist” para dar o próximo passo, afetando a autonomia dos times e sua velocidade.
O papel é guiar essa transformação: o mindset de aprender com a experiências, incentivar a organização a correr riscos e fracassar, já que o erro é parte inerente do processo de inovação e em muitos contextos vai ser necessário mudar a cultura, a maneira que estão organizadas para operar. Isso é a transformação digital, muito mais do que tecnologia! É o redesenho da forma de gerar valor ao consumidor, do modo de pensar e da maneira de competir. É uma resposta à disrupção causada pelos novos modelos de negócio ancorados de maneira inovadora em tecnologia.
Um ponto chave é entender que errar e aprender rápido é muito importante para que o impacto dos erros seja o menor possível para os negócios. Se olharmos apenas para uma inovação e não um “portfólio” vamos estar fadados ao julgamento do fracasso. Pois em um mundo VUCA, as incertezas são grandes e o sucesso futuro pode nem ser possível de se calcular.
Podemos usar também uma analogia da Venture Capital: são feitos muitos investimentos que, se olhamos para eles de modo individual, podemos entender que, em sua maioria, estamos fracassando. Porém, quando temos um visão mais ampla e não estamos medindo apenas as inovações individualmente, e sim, o portfólio como um todo, o resultado é uma visão mais completa dos resultados trazidos por iniciativas de inovação.
Empresas líderes fracassam justamente porque fazem tudo certo. Os executivos de empresas de sucesso não são incentivados a correr riscos, pois são medidos por seus resultados de curto prazo.
Não existe uma “bala de prata” para inovar, porém o autoconhecimento organizacional, em que temos conhecimento profundo dos nossos processos e como eles se relacionam pode ser um primeiro passo para entender quais desses formalismos estão me impedindo de ser mais “ágil”. Assim, cria-se bloqueios para a colaboração, empoderamento das equipes e reduz nossa capacidade de adaptação.
Quer conhecer mais sobre o tema com o próprio autor?
Entre em contato com o Gabriel Trevisan Araújo no Linkedin, ele é líder do Pilar de Tecnologia Digital na Endeavor Brasil e atua como Prolancer na posição de Product Manager na BossaBox.
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