Produto como área estratégica: por onde começar?
Por Redação BossaBox - Beatriz Chueri

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Por que a área de Produto ainda não é o motor estratégico do seu negócio? A área de produto muitas vezes é vista apenas como um centro de gestão de projetos, focando na entrega de tarefas e na correção de bugs. Mas essa visão limitada pode estar impedindo o crescimento e a inovação da sua empresa.

Quando a área de produto não está estrategicamente alinhada aos objetivos do negócio, as iniciativas tendem a ser fragmentadas e desconectadas do que realmente importa. Isso resulta em esforços desperdiçados, onde o verdadeiro potencial de inovação e diferenciação se perde.

Além disso, justificar investimentos na área de produto se torna uma batalha constante. Sem uma visão clara e estratégica que se conecta com resultados importantes, os pedidos por recursos adicionais são frequentemente rejeitados. Isso leva a orçamentos apertados e limitações que podem sufocar a criatividade e a eficácia da equipe.

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O mercado está em constante mudança, e é preciso recalcular a rota. Transformar a área de produto em uma força estratégica que realmente impacte os resultados do negócio é essencial.

Por onde começar?

1. Construção proativa e intencional de Produto

Antes, o trabalho de produto era reativo, sem uma conexão clara entre as atividades realizadas. Agora, a construção de produto deve ser proativa e intencional. Cada atividade precisa se conectar a um objetivo maior, aumentando o retorno e a satisfação da equipe. Isso significa planejar com antecedência, priorizar iniciativas que agreguem valor e garantir que todos os esforços estejam alinhados com a estratégia da empresa.

  • Deixar de fazer: Operações reativas, sem conexão clara entre atividades.
  • Começar a fazer: Operações proativas e intencionais, onde cada ponto está conectado, aumentando o retorno sobre investimento e a satisfação da equipe.

2. Alinhamento estratégico e proximidade real entre negócios e produto

Os diferentes níveis organizacionais — estratégico, tático e operacional — precisam trabalhar juntos de forma eficaz. Esses níveis não podem operar isoladamente; eles precisam estar próximos e conectados, garantindo que as estratégias sejam implementadas de maneira coesa e eficaz.

A falta de integração entre esses níveis pode levar a desalinhamentos, onde as iniciativas de produto não refletem as prioridades estratégicas da empresa. Isso resulta em esforços fragmentados e menos eficazes. Promover a comunicação constante e a colaboração entre os níveis estratégico, tático e operacional é fundamental para criar uma sinergia que impulsiona a inovação, melhora a eficiência e maximiza o impacto das iniciativas de produto no negócio como um todo.

Uma pesquisa revelou que 47% dos trabalhadores acreditam que projetos falham devido a problemas de alinhamento, e 46% sentem frustração por causa desse desalinhamento. Além disso, uma análise do MIT Sloan Management Review descobriu que apenas 28% dos executivos e gestores intermediários conseguem listar as prioridades estratégicas de sua empresa, com esse percentual diminuindo ainda mais nos níveis hierárquicos inferiores.

A desconexão entre os diferentes níveis organizacionais resulta em uma falta de clareza estratégica que permeia toda a empresa. Sem uma compreensão clara das prioridades estratégicas, as equipes de produto e tecnologia operam sem uma direção unificada, levando a iniciativas descoordenadas que não contribuem efetivamente para os objetivos de negócio.

Conclusão

Entender e implementar essas mudanças é essencial para transformar a área de produto em um verdadeiro motor estratégico para o negócio. A transição de uma postura reativa para uma proativa, alinhando-se estrategicamente com todas as camadas da organização, é o caminho para gerar impacto positivo e duradouro.

Ao recalibrar a abordagem da área de produto, focando em estratégias proativas e alinhamento organizacional, sua empresa pode liberar todo o potencial de inovação e crescimento. Transformar a área de produto em um motor estratégico não só otimiza os recursos como também promove um ambiente de trabalho mais coeso e eficiente.

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