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Liderar times de produto e tecnologia é como resolver um quebra-cabeça em constante movimento. A pressão para entregar mais com menos recursos, enquanto o backlog continua crescendo, cria uma tensão diária entre decidir se é hora de ampliar a capacidade da equipe ou reestruturar totalmente o time. Nesse labirinto de decisões, entender o momento certo para cada ação pode ser o diferencial entre a eficiência e o caos. Vamos explorar dicas práticas e pontos-chave para ajudar líderes a navegar por essas escolhas complexas.

O dilema: reestruturar ou ampliar a capacidade?

Reestruturar um time de produto é uma decisão que pode ter impactos profundos na operação. Nem sempre a solução é uma reestruturação, e é aí que a análise cuidadosa entra em jogo. Muitas vezes, o que parece ser uma falta de capacidade pode ser resolvido com ajustes pontuais no processo, sem a necessidade de grandes mudanças.

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Evitando a armadilha da reestruturação desnecessária

Antes de tomar qualquer decisão drástica, é essencial avaliar a real causa dos problemas enfrentados. A reestruturação, quando feita sem uma análise detalhada, pode desestabilizar a equipe, resultando em mais problemas do que soluções. Aqui estão três pontos que podem ajudar a guiar esse processo de tomada de decisão:

1. Compreensão da carga cognitiva

A carga cognitiva que uma equipe carrega pode impactar diretamente a produtividade. John Sweller, um dos principais estudiosos desse conceito, destaca que minimizar a sobrecarga mental é crucial para otimizar o desempenho. Em outras palavras, quanto mais clara e organizada for a distribuição das tarefas, melhor a equipe consegue lidar com as demandas. Pergunte-se: As demandas cognitivas da equipe estão bem distribuídas?

2. Equilíbrio entre metas, prazos e time to market

Encontrar o equilíbrio certo entre metas ambiciosas, prazos realistas e o tempo necessário para levar um produto ao mercado é uma verdadeira arte. Muitas vezes, a pressão externa por resultados rápidos leva a decisões precipitadas, como reestruturar a equipe. Avaliar metas, prazos e time to market de forma integrada pode evitar decisões impulsivas e manter um progresso constante.

3. Capacity planning realista

Planejar a capacidade do time de forma realista é o alicerce para evitar surpresas desagradáveis. Isso inclui não apenas avaliar as habilidades existentes dentro da equipe, mas também distribuir responsabilidades de forma eficaz e identificar possíveis gargalos. Um capacity planning bem estruturado permite decisões mais precisas sobre quando é hora de expandir a equipe, treinar funcionários ou ajustar responsabilidades para manter a eficiência.

Indicadores: como entender o que sua equipe realmente precisa

Alguns sinais são fundamentais para determinar se a equipe está enfrentando falta de capacidade ou se realmente precisa de uma reestruturação. Avaliar esses indicadores ajuda a tomar decisões mais informadas e alinhadas com a realidade do time. Alguns exemplos:

Esses indicadores não são mutuamente exclusivos. É possível que uma equipe sofra tanto com falta de capacidade quanto com necessidade de reestruturação. Para entender melhor o que está acontecendo, é importante realizar uma análise detalhada do time e seu contexto.

Soluções práticas: O que fazer quando identificar a causa?

Depois de analisar a situação, você pode tomar medidas concretas para resolver o problema identificado. Se o desafio for falta de capacidade, as opções incluem:

Por outro lado, se a necessidade for uma reestruturação, as soluções podem ser:

  • Redefinir responsabilidades dentro da equipe
  • Reorganizar a estrutura do time
  • Ajustar o processo de trabalho

ACESSE TAMBÉM: Guia prático – 12 perguntas para iniciar a reestruturação em times de produto

Distinguir entre falta de capacidade e necessidade de reestruturação é uma habilidade essencial para líderes de produto e tecnologia. Evitar mudanças desnecessárias, monitorar a capacidade da equipe e fazer as perguntas certas são etapas fundamentais para garantir que seu time esteja pronto para enfrentar os desafios do mercado em constante evolução. Com uma abordagem estratégica e consciente, é possível promover um ambiente de trabalho saudável, produtivo e preparado para o sucesso a longo prazo.

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